Drake, Bebe Rexha com fãs, Ellie Goulding morna: Veja resumo do 1º dia de Rock in Rio 2019
Written by Redação Rádio LPM on 28/09/2019
Com 100 mil pessoas na Cidade do Rock, na Zona Oeste do Rio, primeiro dia do festival foi marcado por clima ‘família’, com público formado por pais acompanhando os filhos, e até avós.
O Rock in Rio 2019 abriu suas atividades nesta sexta-feira (27) com um dos dias mais “família” de sua programação. Até o rapper canadense Drake, primeiro do gênero a ser atração principal, provou ser um cara que une gerações, com um hip pop mais pop e suave. Pena que esta estreia brasileira não foi vista por quem estava fora do festival: ele não autorizou a transmissão do show.
Durante todo este primeiro dia de festival, com 100 mil pessoas na Cidade do Rock, na Zona Oeste do Rio, era comum avistar pelo festival pais acompanhando os filhos, e até avós puderam ser encontradas pelos palcos. Para os mais velhos, Seal foi provavelmente a maior atração, com seu pop dançante cujos maiores hits vêm direto dos anos 1990.
Até Mano Brown, em seu baile soul-funk com a participação do lendário baixista sem baixo Bootsy Collins, conseguiu agradar o público mais experiente.
Já os novinhos não deixaram a frente do Palco Mundo, que abriu suas atividades com o DJ brasileiro Alok e seu desfile de sucessos palatáveis. Em seguida, Bebe Rexha e Ellie Goulding distraíram bem a galera, com direito a fãs subindo e rebolando muito no palco, até a chegada, atrasada, de Drake.
Para chegar ao festival, fãs enfrentaram viagens de pelo menos 1 hora e 40 minutos, protesto e aperto em ônibus do BRT para chegar à Cidade do Rock.
Drake
Nome mais popular do rap norte-americano, o canadense Drake parece não ter vindo ao Brasil para fazer amigos. Em sua primeira vez no país, ignorou fãs que o aguardaram na saída do aeroporto e apareceu com semblante não muito animador na sacada do hotel. No palco, começou protocolar, com a parte mais pesada do álbum “Scorpion”, lançado no ano passado. Depois, voou pelo repertório mais conhecido. Entraram as principais faixas do álbum “Views”, de 2016, o mais pop da carreira. Leia mais.
Ellie Goulding
Ellie Goulding não tinha tarefa fácil. Ela fez o segundo show principal de uma noite que não era bem dela. A cantora substituiu a desistente rapper Cardi B. Ela correu e balançou a cabeça como se fosse o Iron Maiden no Rock in Rio de 1985. Mas o show só engatou mesmo no final com hits como “Burn” e “Love me like you do”. Ellie tem uma voz peculiar: rouca, nasal, mas bem afinada. Parece que tem um efeito eletrônico vocal embutido na garganta.
Bebe Rexha chamou vários fãs para o palco, mas um chamou mais a atenção. O influenciador digital Gustavo Fiuza estava vestido com uma macaquinho com fotos da cantora e luzes de led. Dançou demais. Mas além deste momento dançante, a cantora americana fez um show de pop eletrônico com arranjos mais roqueiros. O visual quase perigótico combina com a parte musical.
Faltou algo no show de Mano Brown no Sunset. O convidado anunciado era o americano Bootsy Collins, o “Jimi Hendrix do baixo”. Mas ele só cantou por 20 minutos, não tocou. Ao menos o show teve outros dois convidados especiais, que também têm tudo a ver com a turnê. Os veteranos do soul brasileiro Hyldon e Carlos Dafé fizeram boas participações.
Alok
Alok, DJ mais conhecido do Brasil, conseguiu vencer as barreiras do nicho com batidas melódicas e letras em inglês de trânsito fácil nas rádios, como no hit “Hear me now”, recebido num mar de celulares para o alto na plateia. Não faltou empenho do DJ, que investe pesado em recursos visuais e se conecta com o público com artifícios à la coach motivacional. “Há quanto tempo você não olha para a natureza, para o céu, para as pessoas?”, perguntou.
O show de Seal foi morno no geral, carente de uma identificação com o público geral deste primeiro dia. Pode não ter sido um dos melhores do dia, mas o cantor inglês soube muito bem compensar a falta de inúmeros hits com simpatia e presença de palco. E “Kiss from a rose”, seu maior sucesso, foi inegavelmente um bom momento.
Karol Conka, Gloria Groove e Linn da Quebrada
Acompanhada de Gloria Groove e Linn da Quebrada, Karol Conka transformou o Palco Sunset em uma espécie de filial carioca da Jamaica. Reggae, reggaeton e raggamuffin se uniram a batidas eletrônicas, guitarras roqueiras e percussão pesada. Essa mistura foi trilha para letras que, de maneira quase invariável, versam sobre empoderamento, engajamento e “good vibes”.
Lellê inaugurou a edição 2019 do Rock in Rio mostrando no Palco Sunset que suas influências vão além das fronteiras cariocas, em direção ao soul americano. O batidão esteve presente no início, no meio e no fim, mas boa parte do show teve clássicos conhecidos nas vozes de Diana Ross, Gloria Gaynor, Jackson 5 e outros. No meio da apresentação, Blaya, brasileira naturalizada portuguesa, mostrou sua fusão de rap e batidas pesadas.
Fonte: G1